Avaliação da remoção do ácido 2,4-diclorofenoxiacético pelo sistema convencional de tratamento de água e pelo processo de nanofiltração

Nome: Karoline Barros de Souza
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/11/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Edumar Ramos Cabral Coelho Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Edumar Ramos Cabral Coelho Orientador
Eloi Alves da Silva Filho Suplente Interno
JOSÉ CARLOS MIERZWA Examinador Externo
Renato Ribeiro Siman Examinador Interno

Resumo: Os agrotóxicos contribuíram para o aumento da produtividade agrícola. Entretanto, seu uso está relacionado a danos no meio ambiente e na saúde pública. O sistema convencional de tratamento de água, amplamente utilizado no país, é ineficiente na remoção de muitos destes compostos, sendo necessário o desenvolvimento de tecnologias alternativas. Os sistemas de filtração por membranas tem se mostrado uma tecnologia eficiente na remoção de agrotóxicos no tratamento de água. O objetivo da pesquisa foi avaliar a remoção do agrotóxico ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D) pelo tratamento convencional de água em água bruta e pelo processo de nanofiltração em água ultrapura e água filtrada proveniente da Estação de Tratamento de Água (ETA). Os agrotóxicos foram detectados e quantificados através da cromatografia líquida de alta eficiência, em metodologia validada. Após a construção dos diagramas de coagulação para a água bruta coletada na ETA Carapina (Serra, ES) proveniente do rio Santa Maria da Vitória, a eficiência do sistema convencional de tratamento de água na remoção do 2,4-D foi realizada em ensaio de jarteste, com a adição do agrotóxico em sua fórmula comercial na água bruta. Os ensaios de nanofiltração foram realizados em água ultrapura e água filtrada fortificadas com 2,4-D. As amostras coletadas foram caracterizadas de acordo com os parâmetros: temperatura, turbidez, condutividade elétrica, absorbância em 254 nm, cor real, cor aparente, alcalinidade, carbono orgânico total (COT) e concentração dos agrotóxicos 2,4-D e ácido 2,4,5-triclorofenoxiacético (2,4,5-T) e do metabólito 2,4-diclorofenol (2,4-DCP). Os diferentes ensaios foram avaliados em termos da taxa de remoção destes parâmetros. O sistema convencional de tratamento de água mostrou-se eficiente na remoção de turbidez, Abs. 254 nm, cor aparente e real, entretanto não possibilitou a remoção do 2,4-D. A membrana NF-90 além de permitir a remoção dos parâmetros turbidez, condutividade elétrica, cor aparente, Abs. 254 nm e COT, apresentou altas taxas de remoção do
agrotóxico 2,4-D. A remoção deste agrotóxico está associada com a massa molar e carga do agrotóxico e com a carga e massa molar de corte da membrana, não sendo influenciada pela matriz de estudo. A exclusão por tamanho e a repulsão eletrostática foram os principais fenômenos observados na remoção deste agrotóxico. Observou-se a formação do metabólito 2,4-DCP na água de retorno, podendo estar associado ao aumento da temperatura. Os valores de permeabilidade hidráulica e do fluxo do permeado foram reduzidos principalmente após os ensaios de nanofiltração em água filtrada, podendo estar relacionado com os valores mais elevados de condutividade elétrica, Abs. 254 nm e COT nesta matriz. Estes parâmetros podem provocar modificações na membrana NF-90, reduzindo sua eficiência. Diante dos resultados, pode-se afirmar que a nanofiltração mostrou-se eficiente na remoção do agrotóxico 2,4-D e outros parâmetros, atendendo aos valores máximos permitidos estabelecidos pela Portaria do Ministério da Saúde nº. 2.914/2011.

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