PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE AOS ANTIBIÓTICOS EM Escherichia coli ISOLADAS DE ESGOTOS HOSPITALARES DA REGIÃO METROPOLITANA DE VITÓRIA – ES

Nome: Mariana Perin de Medeiros Davariz
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/08/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Sérvio Túlio Alves Cassini Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Liliana Cruz Spano Examinador Externo
Luiz Claudio Gomes Pimentel Examinador Externo
Regina de Pinho Keller Examinador Interno
Ricardo Pinto Schuenck Coorientador
Rodrigo de Alvarenga Rosa Coorientador
Sérvio Túlio Alves Cassini Orientador

Resumo: Desde a introdução na medicina, os antibióticos são as opções mais importantes para o
tratamento de doenças infecciosas. Entretanto, as identificações de patógenos
resistentes aos antibióticos têm sido mais frequentes entre as populações humanas e
animais em resposta a pressão seletiva exercida pelo uso excessivo dos ATB. Na
comunidade científica, os efluentes hospitalares vem chamando cada vez mais atenção
por ser uma importante fonte de resistência bacteriana aos antibióticos (ARB) e seus
genes associados (ARG). Sem o tratamento adequado, ARB e ARG de efluentes
hospitalares podem se dispersar no meio ambiente. Escherichia coli é um dos principais
indicadores de qualidade de águas referenciado na legislação, evidenciando
contaminação recente por esgotos sanitários. A análise de resistência a antibióticos em
Escherichia coli pode representar uma significativa aproximação dos efeitos gerais de
BRA em esgotos sanitários e sua possível disseminação ambiental. O presente estudo
caracterizou amostras de efluentes de quatro hospitais na Região Metropolitana de
Vitória – ES em dezembro de 2020 e janeiro de 2021 e analisou o perfil de suscetibilidade
dos isolados de Escherichia coli frente à ação de doze antibióticos. Nas análises físicoquímicas os efluentes hospitalares, de maneira geral, os valores obtidos estão dentro
dos encontrados em literatura. Foi encontrado evidências da contaminação por
efluentes em um lago pertencente à uma unidade hospitalar. A maioria das resistências
encontradas nas amostras foram relacionadas com a AMP (35%), TET, (33%), CIP (23%),
AMC (19%), SUT (16%), CLO (12%), CFE e CTX (9% cada), PPT, ATM e GEN (8% cada) e
IPM (1%). Não foi encontrada resistência à MER em nenhum dos isolados, apenas uma
amostra caracterizada como resistente aumentando à exposição do ponto HUCAM 1.
Dos isolados 18% delas foram resistentes as cefalosporinas testadas, sendo observadas
na entrada e saída da ETE do HJSN, na lagoa do HUCAM e em um dos pontos do HEAC.
Esse monitoramento dos níveis de resistência aos ATB em bactérias, como a Escherichia
coli nos efluentes pode ser usada como um sistema de alerta precoce para mudanças
nos padrões de resistência da população humana e animal. Entretanto, o potencial risco
humano e na natureza em relação ao lançamento de efluentes hospitalares com BRA’s
e GRA’s ainda são incertos. Se faz necessário uma padronização de relatórios e exigência
do monitoramento como tantos outros parâmetros de qualidade de água,
especialmente no Brasil, para permitir a construção de um banco de dados que são
essenciais para a tomada de decisões na saúde baseada em evidências.

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