Influência da Codigestão Anaeróbica de Biomassa Algácea no Desaguamento do Lodo de Descarte de um UASB Tratamento Esgoto Sanitário

Nome: Larissa Miranda Louzada
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 02/03/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Ricardo Franci Gonçalves Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
NEYSON MARTINS MENDONÇA Examinador Externo
Ricardo Franci Gonçalves Orientador
Sérvio Túlio Alves Cassini Examinador Interno

Resumo: Este trabalho teve por finalidade avaliar a influência da codigestão de biomassa algácea na aptidão ao desaguamento do lodo de descarte de um UASB tratando esgoto sanitário. A codigestão anaeróbia de esgoto e uma segunda fonte carbonácea tem sido estudada visando fortalecer as vantagens da associação de sistemas de tratamento. Entretanto, apesar da relevância das etapas de processamento do lodo no que diz respeito às questões econômicas e ambientais de uma ETE, estudos sobre a influência dessa técnica sobre a desidratabilidade do lodo produzido são escassos. Nesta pesquisa, um reator UASB em escala piloto foi operado e monitorado ao longo de duas etapas. Na Etapa 1 observou-se dados inerentes à produção de lodo, promoveu-se ensaios de desaguamento natural em um DEV e realizou-se a caracterização física, química e biológica das amostras de lodo do UASB tratando esgoto sanitário à uma vazão de 0,12L/s e carga orgânica aplicada de 4,3 kgDQO/dia. Na Etapa 2 a mesma metodologia foi aplicada sobre o reator codigerindo esgoto sanitário e lodo algáceo obtido pela via físico-química sem processamento prévio de hidrólise. Nesta etapa a vazão foi de 0,13L/s e a carga orgânica aplicada foi de 3,7 kgDQO/dia. A produção de lodo de 0,4 kgST/dia e 0,2 kgSV/dia na Fase 1 e de 0,3 kgST/dia e 0,2 kgSV/dia na Fase 2. A idade de lodo reduziu de 108 dias para 98 dias e a quantidade de água livre das amostras reduziu de 83% para 72%. Os melhores resultados do ensaio de desaguamento em DEV indicam 80% de redução do volume inicial para a Etapa 1 e 56% do mesmo parâmetro para a Etapa 2. Os dados sugerem que a codigestão realizada conforme a metodologia desta pesquisa trouxe prejuízos ao desaguamento do lodo por métodos não mecanizados e apontaram um comportamento anormal da manta de lodo devido à baixa densidade do lodo algáceo, fazendo com que este sofra um arraste devido à velocidade ascensional. Não foram observadas alterações quanto à caracterização físico-química das amostras, entretanto, houve um aumento da quantidade de EPS no reator durante a Etapa 2. Os dados de AME mostraram não haver qualquer efeito inibitório causado pela alimentação do reator com lodo algáceo.

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