COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS PRECURSORES DE OZÔNIO (HIDROCARBONETOS E CARBONILAS): ANÁLISE DO POTENCIAL DE FORMAÇÃO DE OZÔNIO E EFEITOS À SAÚDE EM ÁREA URBANA

Nome: Mayana Rigo Alves
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 21/09/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Neyval Costa Reis Jr. Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Elisa Valentim Goulart Examinador Interno
Elson Silva Galvão Coorientador
Jane Meri Santos Examinador Interno
Maria de Fátima Andrade Examinador Externo
Neyval Costa Reis Jr. Orientador
Thiago Nogueira Examinador Externo

Resumo: A alta concentração do ozônio (O3) troposférico vem preocupando o Brasil e o mundo, pois
está associada a danos à saúde física, mental, aumento de mortes prematuras, prejuízos
agrícolas e a mudanças climáticas. Tornando-se um dos principais problemas de saúde pública
mundial. Por ser um poluente secundário, seu controle é feito de forma indireta agindo sobre
os seus precursores. Os diversos compostos orgânicos voláteis (VOC) precursores do O3
possuem reatividades incrementais (IR) peculiares e, portanto, diferentes potenciais de
formação do ozônio (PFO). O objetivo geral deste trabalho é investigar as concentrações de
VOC precursores do ozônio na atmosfera, determinando seu PFO usando a escala MIR e
investigar eventuais ultrapassagens dos limites de concentração capazes de causar danos à
saúde humana. Para cumprir o objetivo proposto foram desenhados 3 objetivos específicos
para este estudo: (i) realização de uma revisão bibliográfica sistemática da literatura sobre
precursores de ozônio, (ii) avaliação do potencial efeito nocivo à saúde relacionados às
concentrações de VOC em terminais de ônibus e (iii) avaliação o potencial de formação do
ozônio troposférico (PFO) a partir dos compostos orgânicos voláteis (VOC) presentes na
atmosfera do município de Vitória e sua variação temporal diária. Baseando-se no limite de
referência de “mínimo nível de risco” da Agency for Toxic Substances and Disease Registry -
ATSDR (USEPA, 2016) todas as concentrações observadas nos terminais (exceto 1 deles)
excederam ao valor de 4,0 µg/m3
para formaldeídos (F). Um dos terminais excedeu o limite
de 9 µg/m3 para acetaldeídos (A). Sobre a avaliação do PFO da área urbana de Vitória-ES
para BTX e aldeídos, os dados de F e A foram muito altos com relação a outras cidades
brasileiras, e a relação F/A encontrada foi de 2,5. Notou-se que o A se aproximou mais da
curva de variação do NO2 do que o F, e apresentou uma variação perceptível das suas altas
concentrações com relação ao horário de rush. Enquanto os dados de F não demonstraram
acompanhar as emissões veiculares. Os dados de BTX possuem maior relação com as
emissões veiculares, contudo, as máximas de concentrações dos xilenos apresentam influência
industrial. Os BTX apresentam seu maior valor de PFO as 9h podendo influenciar a formação
de 41% do valor máximo de O3 do dia. A média encontrada para o benzeno em Vitória foi de
0,16 µg/m3
, dentro da margem da USEPA para uma chance em milhão de desenvolver câncer.

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