ANÁLISE DO POTENCIAL EÓLICO ONSHORE E OFFSHORE NO ESTADO DA BAHIA UTILIZANDO O MODELO WRF
Nome: NOÉLE BISSOLI PERINI DE SOUZA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 03/11/2021
Banca:
Nome | Papel |
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ALEX ÁLISSON BANDEIRA SANTOS | Examinador Externo |
BRUNO FURIERI | Examinador Interno |
DAVIDSON MARTINS MOREIRA | Orientador |
ERICK GIOVANI SPERANDIO NASCIMENTO | Coorientador |
GISELE DE LORENA DINIZ CHAVES | Examinador Interno |
Páginas
Resumo: Este trabalho tem como objetivo principal a elaboração de um mapa eólico onshore e
offshore do estado da Bahia utilizando o modelo de mesoescala WRF com resolução
espacial de 3 km e um período de tempo de 5 anos (2015-2020). Inicialmente, para
avaliar as melhores parameterizações físicas no modelo, foram feitas simulações com
resolução espacial de 1 km para comparação com os dados observacionais de
aproximadamente um ano obtidos em torres equipadas com anemômetros nas alturas
de 80, 100, 120 e 150 m, estrategicamente posicionadas em três locais distantes um
do outro no estado da Bahia (Esplanada, Mucuri e Mucugê). A combinação dos
esquemas PBL-YSU com LSM-RUC apresentou os melhores resultados. Após esta
análise, foram realizadas simulações do campo de velocidade para um período de 5
anos e os resultados comparados com dados de superfície em 41 estações
anemométricas automáticas que cobrem o estado baiano e uma localizada no
Arquipélago de Abrolhos. Os resultados mostraram que o período de inverno
apresenta maiores valores médios da velocidade do vento para a região onshore (9 a
14 m/s), sendo que as regiões mais ao norte e sudoeste do estado se destacam para
a geração de energia eólica. No caso offshore, a primavera apresenta as maiores
médias para a velocidade do vento (7 a 8 m/s), seguida pela estação do verão,
destacando-se a costa marítima do extremo sul do estado (7 a 10 m/s). O regime de
ventos noturno é mais intenso que o diurno, indicando uma grande
complementariedade com a energia solar. Salienta-se que o ano de 2017 teve os
maiores valores médios de velocidade do vento da região, sendo considerado um dos
anos mais quentes sem a influência do fenômeno El Niño registrado globalmente
desde o ano de 1850. Além disto, foi usada a técnica DFA (Detrended Fluctuation
Analysis) para análise do comportamento de escala nos dados medidos nas estações
e nas simulações numéricas. A maioria das regiões apresentaram comportamento
persistente para a velocidade do vento, com destaque para aquelas em que além de
altos valores nas velocidades médias do vento obtiveram valores do expoente de
autossimilaridade elevados dentro da faixa de correlações de longo alcance
persistentes, caracterizando-se como excelentes locais em termos de altos valores de
energia e persistência do vento.