Estudo experimental de transferência de massa entre as fases líquida e gasosa no interior de um túnel de vento portátil utilizado para estimativa das taxas de emissão para compostos odorantes.

Nome: Philipe Uhlig Siqueira
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/08/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Bruno Furieri Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Bruno Furieri Orientador
Igor Braga de Paula Examinador Externo
Jane Meri Santos Coorientador
Neyval Costa Reis Jr. Examinador Interno

Resumo: Estações de tratamento de esgoto e aterros sanitários são grandes fontes de odor em ambientes
urbanos e, apesar de não estar necessariamente associado com efeitos tóxicos e danosos à saúde
humana, esse poluente provoca incômodo. Em estações de tratamento de esgoto é comum a
presença de fontes de emissão líquida passiva, onde o método direto é uma das formas de
quantificar as emissões dessas fontes. O túnel de vento portátil é um dos dispositivos aplicados
no método direto e esse é caracterizado pela incidência de um gás de arraste sobre a superfície
líquida através de um escoamento paralelo a superfície, porém, esse equipamento não é capaz
de simular todos os fenômenos significativos para o transporte de massa. Desta forma, estudos
de transferência de massa entre a interface líquido-gás, são de extrema importância para o
entendimento do comportamento deste dispositivo. Portanto, este trabalho visa estudar a
transferência de massa na interface líquido-gás no interior do túnel de vento portátil utilizado
para a estimativa das taxas de emissão de compostos odorantes voláteis a partir de superfícies
líquidas passivas através da técnica de espectrofotometria. Os resultados mostraram que, para
o sulfeto de hidrogênio, o coeficiente global de transferência de massa (KL) não se alterou com
diferentes vazões devido a não perturbação da fase líquida e o mesmo obteve valor médio de
2,48×10-5 m s
-1
. Não foi percebida variação de KL entre os 6 pontos amostrais analisados.
Quando comparado com situações de campo, as quais foram representadas pelo modelo
proposto por Prata et al. (2018), o túnel representou mesmo fluxo de massa para velocidades
do vento de 5,85, 6,07 e 7,12 m s
-1 para rugosidades relativas a montante de, respectivamente,
0,005, 0,01 e 0,1 m, considerando o comprimento efetivo de 50 m. Já para comprimento efetivo
de 300 m, notou-se menor influência das rugosidades relativas a montante, onde as mesmas
respectivas rugosidades propiciaram mesmo fluxo medido no túnel para velocidades do vento
de 5,30, 5,34 e 5,26 m s
-1
. Os coeficientes ( KL ) estimados experimentalmente, foram
comparados com os modelos empíricos presentes na literatura considerando as condições de
escoamento aplicadas em laboratório. Por conseguinte, percebeu-se que o túnel de vento
portátil, quando comparado com esses modelos, superestima a emissão entre 4,8 e 17,5 vezes.
Ao comparar os valores apresentados nesse trabalho com os dados experimentais obtidos por
Santos et al. (2012), também é notada a superestimação causada pelo túnel de vento portátil.
Não foi possível a análise do n-butanol e do ácido acético pela metodologia proposta.

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